No mundo cinza, de um cara que sempre acreditou em coisas que se podem controlar, houve uma vez, um lampejo de cor, de um sentimento puro que lhe deu um motivo para sorrir. Nunca passou pela mente complexa dele, o fato de se gostar de alguém a ponto de não se importar com defeitos - Claro que o amor se resume em, amar, não ligando para defeitos e situações adversas. - Mas, ele tem uma característica aguçada de analise, nenhum de seus relacionamentos foram amorosos essencialmente, ele nunca acreditou que o amor pudesse existir, afinal pra ele, o amor era a soma de interesses de duas partes combinantes. Uma mente racional, que estava se tornando humana pela primeira vez.
O sentimento, até então inédito dentro do cérebro complexo, começou com uma espécie de carinho, que virou afeto e depois um amor puro, que lhe fez fantasiar um mundo colorido. Na mente que antes achava aquilo uma besteira, esse sentimento ganhou força. E muito compreensivo, afinal, a pessoa em questão era realmente apaixonante. Uma garota meiga, de um carisma encantador, sem perceber despertou um enorme amor nele, que antes sempre a via como uma amiga de turma, afinal eles eram da mesma sala, mas quem pode controlar o amor, nem mesmo a mente analítica e fria dele conseguiu.
Uma coisa todos concordavam, ele sempre disse: -- O sorriso dela é fantástico, e ela tem um olhar tão acalentador(...) - . Afinal, pode parecer ridículo, mas quem ama acaba ficando ridículo. E com isso ele fantasiou o amor, que poderia ter com ela, não fantasias de vida a dois, mas sim coisas simples, como momentos ao lado dela, como horas em que ele poderia chegar bem perto e dizer-lhe palavras românticas. Assim, a relação que seria construída seria de duas pessoas completamente diferentes, em que prevaleceria o amor dele, pela garota, que ele via como princesa.
Consequências, tudo no jogo da realidade tem uma consequência. Ele sabia que quem ama muito sofre o dobro. Mas como ele poderia amar tanto uma pessoa cujo ele ainda nem se declarou? Nessas horas vemos coisas que muitas vezes estão implícitas, ele precisava de ajuda, alguma coisa para que ele tivesse um momento em que a declaração viria, e ele poderia então dizer com sinceridade o que sentia por ela. Momentos ele teve, vários, sempre conversou com ela, fazia ela rir. Falava coisas bonitas, e buscava ser o menos seco e frio possível. - Situação difícil pra ele - . Amigos, nessas horas dão ajudas necessárias, e também trazem contigo a realidade da situação. Afinal, quem amava era ele, não os amigos dele e nem ela, ou seja, enquanto fantasiava situações bonitas, e fazia ela notar que o amor dele era sincero e verdadeiro, diferente do amor banal de hoje em dia. Os amigos dele, sempre deram força, hoje em dia é difícil receber grandes ajudas - Amigos bons, ele sempre foi cercado - .
Mas ele foi vitima, de sua própria fantasia. Ele um dia teve o lampejo cinza, analítico e frio que sempre tivera, e com isso chegou a uma conclusão, que nenhum amigo dele conseguiu entender. Ele gostava dela, arquitetou diversos modos de como chegar e se expressar de uma maneira convincente. Ele não se declarou, muito menos chegou a dizer um simples: -- Eu gosto de você. E de uma maneira súbita, ele simplesmente fez a sua escolha. entre as opções estava a de se declarar. Mas, sua mente complexa - Personagem principal, dessa desilusão -. Decidiu esconder o amor, critério: o fato de que eles não iriam para frente. Ver o mundo desmoronar era rotineiro, ele sempre dizia que: - Quando se tem a oportunidade de dizer, Eu te amo! Diga! -. E quando ele mesmo teve, não disse."
Escolhas de uma Mente Complexa.
A vida é feita de escolhas, alguns se baseiam na razão, outros na emoção... escolhas trazem consequências que podem ser cruéis ou não, vai do modo como você interpreta. Ele escolheu não amar, não se sabe porque, mas as vezes amar de verdade não é o suficiente.
" Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho" Gandhi.